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Um texto dirigido...

| domingo, 18 de abril de 2010 | 0 comentários |



Agora são 01 e 11 quando começo a escrever essas palavras fracas e tão questionáveis em meu blog. Eu sei que faz muito tempo que não escrevo, daqui do escuro que é meu quarto, mentira a luz está acesa...
Estou um pouco triste hoje, não é que eu escreva só quando estou feliz, estava muito ocupada com a faculdade e me senti triste por não escrever mais contos e poemas, os contos que eu tanto gosto e quero agradecer a todos os que me lêem, mesmo que meus poemas sejam um pouco pesados às vezes e poucos.
Estava pensando se toda a verdade é absoluta, melhor... Se todo mundo acha que é dono da verdade absoluta? Vejo tantas pessoas por assim hoje, decidi que vou escrever hoje um conto do que eu gosto... Vou fazê-lo agora e quero ver se sairá bom...

Cor de rosa

Os dedos folheavam os livros, contos de amor que se faziam perder no escuro, a noite silenciosa continha os suspiros que ela dava sempre que lia algo que a agradava.

_ Eu não acredito... – gritou para si mesmo e riu, pulou com os joelhos na cama segurando o livro. – Ele fez isso mesmo? Como pode? O Marius é tão sério... Mas... Mas ele tem mesmo que ficar com o Armand.

Sua voz comentava o livro, que linha a linha ela lia, e as palavras comentadas com a sombra na parede. Ilusão de menina, acreditar que o mundo é bom e que pintar a unha é o maior remédio para depressão.

Ela dança quando escuta música, ela sempre sonha em comprar sua casa na lua, a primeira casa com plantas na janela. Ela é eloquente e misantropa, ela é amorosa e cruel, ela sabe machucar e sabe acariciar, e sua boca tem gosto de mel.

Fada que um dia eu amei criança, que sempre sorria entre a fumaça de cigarros e o perfume do álcool em lugares escuros, músicas desconhecidas enquanto alguém gritava outro ria, contando casos e mais casos de uma vida que passou.

Corajosa, é a princesa e a rainha... Não importa os motivos da guerra, a paz é sempre... Sempre mais gostosa. Ela tem compaixão, ela sabe ouvir e se colocar no lugar do outro, enquanto espinhos furam sua pele ela sorri sabendo um colchão quente e um cobertor peludo a esperam.

Sonhadora, seus pés não tocam o chão... Ela voa de asinhas por ai, sabendo que o mundo é seu parque de diversão.

Ninguém a compreende, ela sabe mas ri... Ela se diverte com a incompreensão alheia por que ninguém... Ninguém sabe o quanto é bom falar sozinho e que rir do julgamento errado e não dar ouvidos a tudo, é como a dádiva dos cegos... Ela lembra, melhor ouvir ofensas de graça do que ter que pagar por elas.