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Mais uma vez

| segunda-feira, 14 de dezembro de 2009 | 3 comentários |

Em meio à morte e a dor, sempre em meio aos sofrimentos mudos do coração, sempre há a vontade de viver e a esperança, elas nascem onde nada mais parece brotar.
Em noites escuras, caminhando sem direção, sempre há uma luz, por mais que as trevas tentem tomar tudo.
Eu sei disso, enquanto choro lágrimas de sangue tento não desejar a morte, tento apenas continuar lembrando da luz, que está ali por mim.
Tento não dizer, pela primeira vez todas as coisas agressivas que sempre disse, como um animal selvagem em um canto se debatendo e machucando todos os que se aproximam.
Sou o vento, que não se destrói com o tempo que se perde e se desfaz, mas nunca deixa de existir, mesmo e principalmente na dor.
Sofrimento que me alimente como a água, que se torne belo como a morte, e que a tristeza não seja ruim.
Transformar o feio em belo é minha arte.
Posso chorar, posso morrer todos os momentos e continuar viva, ainda vale à pena.
Eu não plantei uma árvore, não escrevi um livro ou tive um filho.
Onde estão os meus sonhos? Guardados poemas para serem escritos e realizados.
Desistir nunca, quanto mais se cai mais se aprende, quanto mais dor mais forte se fica.
Assim é a vida.
Quero estar de pé, olhando a todos os que me causaram dor, e me fizeram sofrer e agradecer por terem me feito mais forte.
Oh morte, tu que és tão forte, que caminha pelo mundo. Vem lenta, para que eu possa admirar cada pedaço de vida e felicidade em coisas simples. E quando vier, mal recebida, eu a terei, sempre bela, em um abraço e saberei que fiz tudo o que queria.

Amigo

| domingo, 13 de dezembro de 2009 | 7 comentários |

Deixe que as lágrimas virem terra pisada
E que os inimigos e amigos encham a sala de risada
Zombando daquele que um dia acreditou em uma amizade
Quem pode acreditar que existe tal felicidade?

Confiança desgastada cujo destino é morrer
Pedras no caminho te fazem adoecer
Seus sonhos são apenas a remendos tortos de um passado
Onde fomos amigos, onde andei ao seu lado

E por onde andas tu que eu acreditei e amei?
E por onde andas a confiança que eu lhe dei?
E por onde andas tuas promessas, palavras que guardei?

Basta dizer que o salvador é o mesmo que o algoz
De amigo estava escondido o destino atroz
Usando uma mascara para tornar-se diferente
Deviam saber que ele apenas mente


Sua mente se torna um mistério camuflado
E quando é descoberto ele se mantém calado
E suas verdades viram ilusão sumindo no ar
E tudo o que resta foi à dor no lugar do amar

Deve-se continuar acreditando no ser humano?
Apenas um mundo com vários mundos, um mundo insano
Deve-se acreditar de novo nos amigos?
Ou tornar a todos inimigos?

Perguntas sem resposta
Pessoas magoadas todos os dias
Mentiras contadas
Abandonos e descasos
Falta de respeito
Desperdício de amor
E no final de tudo isso
Amigo

Conversa com o Leitor!

| quinta-feira, 3 de dezembro de 2009 | 4 comentários |


Em primeiro lugar, gostaria de agradecer por ler o meu blog, por comentar, e por me seguir nas postagens. Eu fico imaginando sempre quando as pessoas lêem. E quero agradecer aos comentários deixados das pessoas que lembro e que não lembro nome...
Entre elas, Nai, Marcus, Sam, Edson e Kaio. Do post Bem Vindo a Nave para fora daqui, no qual recebi 5 comentários, peço desculpas por não responder, mas eu não sei responder, me desculpem por isso. Eu quero agradecer também aos que não comentam mais lêem, e pedir um tempinho de vocês para falar livremente e diretamente a vocês.
Eu acredito que muito do que eu sou passo pelos textos, já que não desenho tem tanto tempo, eu queria ser boa em desenho como era antes, mas não tenho conseguido, hoje gosto mais de demonstrar o que sinto através do que escrevo, como escrevi no texto Hae de Suupu, que quer dizer mosca na sopa em japonês, que está no post Hoje eu estou feliz.
Eu sei que escrevo pouco nele, mas nunca vou abandoná-lo, ele é como um meio de eu colocar para fora o que sinto que não posso colocar em lugar nenhum.
Já tem um ano que eu escrevo... O Blog, nasceu no dia 10/09/2009. Com sua primeira postagem um texto sobre o gato ser melhor amigo do homem que o cachorro, eu tenho um gato, ele está dormindo pertinho de mim enquanto eu escrevo para vocês.
São 01 e 09, eu devia estar dormindo, por que acordo 5 e 30 para o meu penúltimo dia de aula, só terei quinta e terça que vem de aula.
Explicação:
Sei que os últimos textos do blog, foram absurdamente depressivos como a maioria dos textos. Mas, eu descobri o motivo de tudo isso. O grande motivo de que eu só escreva nos dias em que estou muito triste e gozando da mais pura solidão. Descobri ele na terça-feira.
Fui fazer uma prova de Web Writing para o meu curso de Jornalismo. Eu tinha que ler um texto que ganhou o prêmio Esso, o maior prêmio de jornalismo.
Antes disso eu estava mal, estava pensando tanto na minha própria morte, como solução para o fim da dor, que estava ficando cega pela dor. Eis que me aparece o primeiro texto Suicídio.com da revista época, o link tem o texto na integra, para quem quiser ler basta clicar no nome da matéria.
E foi como uma epifania, uma grande descoberta de coisas que estavam dentro de mim e eu não sabia, e quero passar isso a vocês. Escrevo a minha dor, por que é uma forma de aliviá-la sem ter que perder a minha liberdade me matando. É bem verdade isso, a tristeza, a dor e sofrimento pode se tornar algo bonito em forma de poemas. Por que esses sentimentos tem que ser feios?
Quando escrevi os dois últimos textos, eu estava muito ruim, eu diria que eu morri e nasci de novo. Me encho de esperanças agora. Não quero morrer, tenho pessoas que me amam, vou casar, ter filhos e escrever sempre. Mesmo que ainda doa, nada deve doer mais do que jogar todas as minhas oportunidades desconhecidas fora.
Eu já não tinha muitos amigos, não tinha muito com quem conversar, hoje tenho algumas pessoas. Que se tornaram importantes para mim, até aqui do blog mesmo, como o Kaio. Pessoas que me ajudam só de me ouvir.
Mas eu perdi um grande amigo, e foi como arrancar parte do meu coração, estou cicatrizando ainda. Hoje fazem 56 dias que eu não falo com ele por MSN. É o segundo dia desde que decidi excluir ele do Orkut.
Primeiro por que ele descumpriu promessas, e fez a única coisa que eu disse para ele que me machucaria e acabaria com a minha confiança nele, que é sumir completamente. Não importa o motivo, acho que se alguém é importante e você ama essa pessoa, não custa nada mandar e-mail ou torpedo apenas para perguntar “como vai você?” E foi isso que me deixou triste.
Eu sei que ele entra no Orkut, sei que entra na internet, sei que tem credito no celular. Eu também estou sem tempo, poderia estar dormindo agora, acordo daqui às 4 horas. Mas sempre dou um jeito.
Não acho que ele acabou com a minha confiança, mas me feriu de uma forma que nem eu sei dizer qual grande foi, só vejo escombros por onde olho.
Por fim que agradecer a me lerem até aqui, quero pedir que continuem comigo, e tenham paciência prometo postar mais vezes... E se puderem comentar esse texto, ficarei feliz.
Boa noite a todos, boa vida – Aproveitem cada segundo e cada sentimento.

Uma Carta para você

| segunda-feira, 30 de novembro de 2009 | 2 comentários |

Queria dizer muitas coisas, coisas que palavras não podem descrever com fidelidade. Como posso descrever em palavras a grandeza da dor de uma rejeição? Pior ainda, da dor de um abandono? Escrevê-lo-ia enquanto fosse possível que lesse se estivesse presente em minha vida.

O que é a confiança? Um dia eu disse que ela jamais morreria, que quando amamos a confiança é eterna, estava enganada, a confiança pode morrer. Como morre meus sentimentos a cada palavra escrita, cada verbo tornado eterno e ganhando vida conforme vou escrevendo.

O que acontece quando amamos alguém? Essa pessoa se torna parte de nós, preocupamo-nos mais com elas do que com o nosso bem estar. Para algumas pessoas ao menos é assim, para algumas pessoas que não suportam ferir alguém que ama. Será que o amor realmente dá razão a todas as atitudes infames?

Estou sozinha de novo, e pela primeira vez paro para escrever o que sinto, de forma tão clara, sobre alguém que nunca vai ler, sem que eu mostre, como não vou mostrar ficará assim, apenas um desabafo anônimo nas páginas empoeiradas de um blog.

É uma história de amor, mas também de morte, amor e mágoa, tristeza e solidão. Nascidos de algo tão bonito quanto a amizade. Se pode o ser humano que nasce de uma forma bela como o parto se tornar um assassino, por que a amizade não pode somente ferir?

A alguns anos eu pensava conhecer a tristeza, pensava que era sozinha, que tinha problemas, mas comparados a hoje, eu era feliz e não sabia. Agora entendo completamente essa frase. Sei que tudo está longo, mas são palavras necessárias. Você me ajudou na penumbra e me abandonou na escuridão.

Naturalmente me senti culpada, não acho justo culpar você. As pessoas vem e vão como os sonhos. Eu me enganei ao achar que você de alguma maneira se importava. Por que as vezes mandar um e-mail, uma carta, ou até mesmo um torpedo para perguntar se a pessoa que você diz amar, pode ser algo inútil, muito mais imprestável do que dormir mais 10 minutos.

Levo alguns minutos para escrever essa carta, estou mais triste do que quando comecei. E eu acho que esse é o fim. Pode ser exagero meu, você pode dizer que eu estou exagerando em não querer mais uma amizade, depois que houve uma promessa quebrada.

Você disse que estaria comigo na escuridão, que nunca me deixaria sozinha, e deixou, não por um dia, não por uma semana, mas por quase dois meses. Isso já é um pouco demais.

Por que prometer ficar com uma pessoa se não fica?

Promessas deviam ser feitas quando pudessem ser cumpridas, olhando para toda essa minha história, com você, eu noto que não temos idéia de quanto ferimos uma pessoa mesmo com algo que não nos fira nem um pouco.

É triste ver que até as amizades boas morrem.

Eu gostaria de saber, gostaria de entender, mas não consigo. Posso estar errada. Mas no meu esforço, mesmo com dias atarefados eu nunca esqueço quem eu amo, eu sempre me preocupo com todo mundo.

Por que? Pode parecer uma idéia fúnebre. Mas gostaria muito que ela ficasse na mente de cada pessoa que lesse isso daqui. LEIA, REFLITA E TORNE UM MUNDO A SUA VOLTA DIFERENTE. Um Breve Conto!

Um Breve Conto Real

| | 1 comentários |
Um Rapaz se atirou dos trilhos do metro de São Paulo, ele andou a passos hesitantes até a borda, não olhou em volta, sua amargura o corria por dentro.

No mesmo instante, pessoas andavam ali, preocupadas com suas vidas, pensamentos ligados a mil, pensando no que iria comer, no filme que veria com o namorado, no tempo que teria para dormir, na hora que chegaria no trabalho e em qualquer coisa que fosse sua individual.

Longe dali a família do rapaz vivia suas rotinas, a mão vendo TV. Quem sabe os irmãos jogando jogos de botão, quem sabe alguma namorada sonhando em vê-lo de novo, tentando entender o que ele sentia, mas sem tempo para ligar... Amigos que não tiveram tempo de vê-lo ou ao menos de notar o quanto a tristeza o tornava escuro por dentro, como um buraco negro a engoli-lo.

Seu nome era Anônimo, ninguém que não o conhecesse sabia. Ele escondeu o capuz com o rosto, o motivo nunca será conhecido, nunca será imaginado, por que esconder o rosto? Para que ninguém visse a dor passar em seus olhos, fixados em um ponto antes do salto.

O metro chegou tremendo o chão, fazendo barulho enquanto ele era tomado pela adrenalina, por que assim que ele pulasse não teria mais volta, não teria mais salvação. Ele viu o primeiro vagão, o rosto do condutor, o último rosto visto em detalhes perfeitos.

Não foi no primeiro, nem no segundo, ele tinha que calcular exatamente quando saltar. Mas o metro passa rápido em câmera lenta em sua mente enquanto ele se programa. Então chegou o momento, ele salto vendo que estava feito, não tinha mais como se arrepender, estava escuro, ele mal sentiu sua cabeça tocar ao chão, seus olhos estariam fechados? Ele teria apertado-os forte para não ver a morte enquanto tentava pensar em alguém? Ou seus olhos encararam corajosamente a roda que lhe esmagou a cabeça em segundos?

Teria ele murmurado algo? Ninguém vai saber.

Mas a pergunta que fica... E as pessoas que o amavam e nada conseguiram fazer? Elas devem estar pensando agora: “Como eu não notei que ele estava triste? Por que eu não disse que o amava? Eu queria tanto ter ajudado, ter dito coisas? Feito coisas com e para ele? Mas e agora?”

Ele está num lugar onde nunca mais vai ser alcançado, por escolha própria.
Você sabe o que vai acontecer amanhã com todos os que você ama e não cuidou direito? Com os que você ama e está próximo? Até mesmo com você?

Não sabemos o dia de amanhã. Esse pode ser o seu último dia, pode ser o último dia daquele que você ama. É uma realidade... É um fato!

Diga tudo o que quer dizer para todo mundo, viva cada segundo como se fosse o último, e talvez você consiga fazer a diferença. E como diria a música semana que vem da Pitty: “Esse pode ser o último dia de nossas vidas, a última chance de fazer tudo ter valido a pena. Diga sempre tudo o que precisa dizer, arrisque mais para não se arrepender, nos não temos todo tempo do mundo.”

Aproveite suas 24 horas, pois elas não serão acumuladas.

Corredor

| segunda-feira, 16 de novembro de 2009 | 3 comentários |



Um corredor escuro, cheio de sombras nas paredes, um corredor sem fim...
As portas se fechando em um barulho atordoante, a cada novo passo, mais vento sempre fechando tudo.
Está escuro enquanto caminho, mas posso sentir, não posso ver, nem ouvir e nem falar.
Minha língua está presa por palavras que não posso dizer, por sentimentos que devem ser sufocados no fim do peito.
Sentimentos não foram para ser falados, ouvi muitas coisas, coisas velhas e novas.
Ninguém se importa com o que você sente, passa ou pensa... Disseram-me isso.
Eu me importo... Enganaram-me com isso.
É fácil enganar quem caminha no escuro, assim como é fácil enganar os que apenas sentem e não enxergam.
Ainda está de noite, há um som ao longe, um quicar de uma bola, é isso que eu sigo?
Um som sem significado no meio do nada onde tento achar sentindo.
O corredor me sufoca assim como os sentimentos entalados como papel na garganta apenas fazendo doer.
Paro apenas um pouco, para ver meu reflexo em um espelho, tenho apenas poucos anos. Mas estava escuro, e eu vejo um breve momento que estou enlouquecendo.
O som se duplica, se tornando cada vez mais quicares de bola, se tornando gritos.
não posso mais andar, não existe mais um corredor, apenas luzes e gritos piscando no espelho se partindo.
nada do que eu fui existe, nada do que eu sou é visto e o que eu vou ser é um mistério.
É fácil dizer que é loucura, melhor ainda culpar o outro... Assumir a culpa é raro, e eu carrego a culpa de todos.

Bem vindo a nave para fora daqui!

| terça-feira, 6 de outubro de 2009 | 5 comentários |

Primeiro eu devo dizer que fiquei feliz com os comentários do penúltimo post, saber que eu não falo sozinha faz toda a diferença. É algo que chega a ser emocionante. Meus planos iniciais era responder cada comentário. Isso ontem a noite.

Mas eu estava grogue de sono, havia ficado por mais de 12 horas, sim, teve um momento que eu estava com tanto sono que não sabia mais quanto tempo tinha ficado acordada fazendo trabalhos e mais trabalhos de faculdade. Não tem nem para ver um episodio inteiro de Full Metal Alchemist.

Sendo absurdamente sincera eu não me lembro o que escrevi no outro post, por que... Por que eu estava chateada e com tanto sono que estava quase chorando. Basicamente meu MSN estava quase vazio, havia apenas uma pessoa que eu realmente estava me interessando em conversar.

Sei lá, as pessoas parecem ter perdido ainda mais o interessante. Primeiro, elas estão correndo demais para poder manter uma conversa interessante de fato, segundo por que elas sempre falam “eu gostaria, mas não tenho tempo”. Na minha opinião quem quer fazer alguma coisa faz.

Fico me perguntando se eu que sou louca... Quando eu quero fazer algo eu faço. Posso estar com dor de cabeça, cólica, cansada e até sendo abduzida por um alien. Mas eu faço. Para mim essa desculpa não rola. É melhor ficar calado. Já parou para pensar que 70% das coisas que as pessoas falam não tem a menor necessidade?

Tudo bem, queria fazer, mas não fez, então não queria tanto assim. Isso me lembra uma propaganda de TV de uma cerveja. “ O que aconteceria se todo mundo fosse sincero?” Por isso que eu sou absurdamente sincera. É muito mais divertido e nunca acreditam em você.

Ai você fica rindo internamente por saber que falou uma verdade e que a pessoa não entendeu. Na verdade as pessoas não tem tempo para pensar e entender mensagens subliminares, então acho que ainda dá para se divertir por ai.

PS: Obrigado a todos que comentaram, e leram o blog, até aos que não comentaram. o/

Cantinho da fobia social

| segunda-feira, 5 de outubro de 2009 | 4 comentários |

Basicamente todo mundo hoje em dia tem fobia social. Eu estava me lembrando do anime “NHK ni Youkuso. O anime que conta a história de um Hikikomori. E que eu ainda não terminei de ver, é meio deprimente como se encaixa na vida de um hikikomori de verdade.

O que é um hikikomori se não alguém que tem fobia social? Considerando o tipo de personalidade das pessoas em geral eu acho bem justificável o número de doenças ligadas ao emocional que estão aparecendo, primeiro lugar por causa do individualismo do ser humano atual.

Passei por uma situação comum, em um dia desses, uma situação cada vez mais comum, e que nem é divulgada. Estava no metro Sé, quando um garoto de jogou entre um vagão e outro, morrendo na mesma hora.

Quando coisas assim acontecem, você acaba sempre refletindo o que nós humanos estamos fazendo uns com os outros, por que tantas pessoas preferem procurar a morte, do que continuar aqui? O mundo é tão ruim assim? A ponto de se atirar na linha de um metro?

Soube de uma menina que tentou se matar e apenas, digo apenas por que foi pouco perto de morrer, perdeu um braço também no metro.

Afinal que graça dá de sair de casa e ter uma vida social quando na dor você sempre vai estar sozinho. Descobri que diariamente morrem pessoas no metro e isso nunca é divulgado. O horror de quem vê algo assim, sente algo assim, algo como uma pessoa se matar tão perto de você, cria um sentimento diferente, é absurdamente triste.

Entre o efeito de dramin, de um dia altamente cansativo, de uma noite cansativa e tantas coisas e pensamentos que não se completam. Parei para pensar se eu realmente tenho alguém com quem contar. As respostas para isso tem se tornado cada vez mais escuras.

Os efeitos de estar sozinha é devastador, mas por que procurar por uma solidão tão dolorosa? Eu diria que pode ser falta de opção, as pessoas se cansam com mais facilidade das outras, não há novo e não há mistério. A sociedade mesmo cria a fobia social, e a depressão.

Afinal de contas ser misantropo e ter fobia social se completam, estar sozinha deixa de ser um desejo para ser uma condição. Por que ter vida social? E por que não ter? São coisas que não consigo responder, ao mesmo tempo que não sei responder que raios estou fazendo aqui.

Utopia Exagerada

| quarta-feira, 16 de setembro de 2009 | 6 comentários |



Ok, dessa vez não é um desabafo em forma de poema, é algo bem direto e reto. São apenas palavras de um ser noturno que pouco dorme. Por que as vezes dormir é como morrer um pouco.

Acho que é por isso que pessoas com depressão dormem demais, e pessoas com medo de morrer tem insônia. Eu vi num site que Fobia social, um dos sintomas é morrer de medo de morrer, uau isso ficou estranho.

Mas é bem por ai, eu tenho insônia, e insônia é um medo de morrer.
Porém tem algo de muito contraditório, ou não, eu não quero mais sair ou falar com as pessoas, cada vez menos sinto vontade de me comunicar até mesmo com pessoas que antes eu falaria qualquer coisa.

Então me pergunto. Ninguém lê essa merda mesmo!!! Então é um meio de apertar a válvula de escape.

Hoje aconteceu algo que quase me fez chorar, aliás, muitas coisas que quase me fizeram chorar e que demonstram exatamente o título do post de hoje.
Eu sou Utópica, ou seja, eu desejo realizar um projeto impossível.

Estava pensando em uma coisa, meu lema pessoal de vida: “Sempre faça aos outros o que você gostaria que fizessem para você.” Isso é a grande utopia das utopias. Por quê? Ora, se eu faço pelos outros o que eu gostaria que fizessem para mim, completando com um ‘e que não fazem’, e os outros fazem por eles o que eles querem. Quem vai fazer algo por mim?

Por que essa conversa? Talvez por que seja hora de rever os meus conceitos. E fazer algo por mim. Eu só quero ser feliz como todo mundo.

Eu ia escrever algum e-mail para alguém, algo para desabafar, mas eu só tenho esse blog que ninguém lê. Isso é interessante. Por que... Uma vez alguém me disse que podemos não mudar o mundo, mas pode se começar mudando a si mesma.

E eu tentei, eu juro que tentei. Coisas como compreender, ter compaixão e tudo o mais. Mas eu me sinto o Conrrado do Fudêncio, só me fodendo nessa merda.

Eu cansei de brigar e falar o que sinto para as pessoas que me machucam, até pensei em fazer isso hoje. Mas não fiz, por que eu cansei. As pessoas erram, pedem desculpas, comentem o mesmo erro de novo e por ai vai...

Ao invés disso vim escrever aqui, sem por menores... Estou triste e isso basta.
*Apesar de que parte dos problemas foram resolvidos já que não vou mais fazer o TCC sozinha*


10 Maneiras de se divertir sozinho

| terça-feira, 18 de agosto de 2009 | 4 comentários |

1 – Tente com todas as forças lamber seu cotovelo. Depois que não conseguir lamba o dedo e passe nele.

2 – Coloque uma sunga ( se for mulher) um biquíni (se for homem) e deite para tomar sol em um lugar bem visível.

3 – Pegue o telefone e ligue para o seus vizinhos, fazendo a mesma pergunta: “Tem luz na sua casa?”

4 – Jogue bolinhas de papel molhado do teto dos carros que passarem na rua e finja que não é você.

5 – Pegue uma câmera antiga sem filme, e finja que está fotografando todo mundo que passa na rua. Ria ao saber que eles estão sendo enganados e não tem filme na maquina.

6 – Espere sua vizinha varrer a calçada. Varra todas as folhas do seu quintal e jogue na calçada recém limpa dela. Aguarde a reação.

7 – Coloque o som alto com músicas com letras bem constrangedoras, e depois coloque com músicas evangélicas o mais alto que o som agüentar.

8 – Cole uma placa escrito “doa-se cachorrinhos” e sempre que alguém tocar a campainha tente doar sua mulher.

9 – Ligue para o 102 e peça o telefone do seu endereço, depois diga que está tentando ligar para ele e só fica dando ocupado.

10 – Quando algum operador de telemarketing ligar para a sua casa. Invente uma igreja com um nome esquisito e tente convencê-lo a fazer parte dela.

Labirinto

| segunda-feira, 17 de agosto de 2009 | 1 comentários |


Por um minuto no labirinto chamado de vida. Onde flores bonitas estão ali apenas para distrair os sonhos mais profundos das pessoas que não vêem razão em nada.
Me perder não era uma escolha, nem era algo possível, apenas queria seguir as borboletas pelas rosas das paredes carcomidas, e esquecer as dores nos pés.
O chão era álgido, gelado como a alma, estar caído no pé dos inimigos e não em pé. Nada importa mais.
Nada é mais precioso ou digno de atenção do que as flores perfumadas na parede e as cores que fazem-me perder em mim.
Na mente em pensamentos confusos onde eu posso dizer por mais uma vez que o palhaço ri como sempre, o sol apenas brilha de novo e tudo está a cumprir sua missão no universo.
As pessoas dizendo suas verdades sórdidas apenas para parecerem justas. Quando no fundo nada é justo.
Por que o mesmo chão álgido que colore as pétalas das flores, saindo da terra molhada suja o vestido branco de marrom, o impura em cima da pele.
Palavras são ditas apenas para tranqüilizar a consciência de quem as diz.
Uma borboleta está cantando suas asas no vento, rodopiando entre os muros, e nada existe além do alimento das flores.
Feliz é ter apenas algo para se concentrar e não ser capaz de perdido estar.
Palavras são fáceis de serem ditas, como a luz é fácil de iluminar. Ninguém engana a própria alma, por mais que tente esquecer das lembranças, quando o sono vem trás com ela as páginas de livros já lidos.
Tudo está do mesmo jeito de outrora. Tudo apenas existe o mundo apenas roda.
Diga-me mais coisas que não me fará mais sorrir, por que não existe mais surpresas e nada de novo pode ser dito, suas palavras ditas a mim são apenas um calmante de sua alma tortuosa.
Não diga o que não pode fazer, isso é apenas o vento.
Fraco aquele que diz querer acariciar, mas não poder por seus próprios motivos egoístas e centrados dentro de sua limitação imposta por ninguém além de seus demônios internos. Querer poder não é conseguir.
Eu poderia dizer que queria voar com a borboleta, são apenas palavras ao vento que trazem tranqüilidades ao egoísmo.
A borboleta está sozinha, mas não sente dor, ela pensa, mas não sabe falar.
Ela apenas voa para o longe, achando que um dia, apenas uma vez, verá alguém agir e não falar. Os maiores mistérios são ditos no silêncio.

Sem Rosto

| sábado, 1 de agosto de 2009 | 3 comentários |

Caminhando por ruas estranhas deixando como paga os sentimentos amordaçados e escondidos no fundo de uma alma vazia.
O rosto sem expressão sem brilho e sem cor. Daquele que jamais pensou um dia viver sem amor, daquele que jamais pensou em deixar de sonhar.
Seus sonhos são escuros e distorcidos como uma pintura abstrata e grotesca em tons de negro.
Ele pensou por um momento que a vida era justa, que as pessoas só fariam com ele o que ele faria para elas, uma troca justa de favores e sentimentos.
Ele sabia por um momento que quem ama não machuca, que o amor é único e tantas outras coisas que ele ouvia antes de dormir e sonhar.
Se você o cortasse ele iria sangrar, se você o beijasse ele sentiria desejo.E agora tudo o que ele sente é o silêncio, é tudo que não é palpável e ao mesmo tempo é denso e visível.
Em caminhos da vida preenchidos pelo destino ele via várias curvas que podia fazer, agora ele se sentava na beira de um precipício escuro tentando ver ao menos um passarinho.
Ele assoviou e cantou enquanto agulhas varavam seu corpo, enquanto seu sangue tingia o chão e o algoz ria. Ele não sentia.
Ele poderia até mesmo beber veneno estava forte contra todos os males de outrem. Ele não precisava mais de amor e apenas queria sentir a dor, para provar que ele estava vivo.
Ele parou por um momento sentindo apenas o vento passar por ele como se ele não existisse.
Sentiu que estava livre de tudo o que o prendia de todas as sensações ruins. Estava livre de todas as pessoas que o prendiam, de todas as pessoas que machucavam por amar.
E agora ele estava vazio como uma sala com as luzes apagadas. Ele era o vácuo.
Ele parou por um momento, acendeu um cigarro balançando suas pernas acima do nada infinito, e pensou apenas que era assim... Morrer e estar vivo.

Soltando as cordas do balão

| quinta-feira, 23 de julho de 2009 | 0 comentários |
Uma folha em branco, talvez mais um papel para desabafar o quanto esse mundo é sufocante e quanto eu tento arrumar motivos para ficar.
“Só por que Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer.”
Muitas coisas mudaram hoje, não é só apenas mais um dia ruim, é um dia que as coisas perderam o significado, o dia de mudar. As pessoas não são mais um apoio para se manter em pé, estranhamente elas são apenas uma coisa que eu uso como desculpa para me prender aqui.
O que estou sentindo? O que é besteira? Até quando é fácil falar?
São 0 e 11. E estou suportando de novo sozinha a vontade de largar tudo o que me prende a vida.
Me pergunto até quando precisam de mim. Se alguém ler, o dizer eu importo, tenho medo que pareçam apenas palavras vazias. É muito fácil falar as coisas, muito mais fácil do que fazer alguém senti-las.
Não quero dizer que as pessoas são obrigadas a ficar comigo quando eu estou mal, só que eu preciso me acostumar a estar sozinha nos momentos em que mais sangro.
No fundo não importa tanto se dizem que sou importante que me amam, que se importam ou que vão ficar comigo, sempre dizem e eu sempre continuo sozinha.
Comparando com antigamente, está mais difícil segurar a dor das lágrimas sufocadas na garganta. Isso me lembra Sandman.
Quando o Senhor dos Sonhos estava no inferno, e Lúcifer disse que as pessoas ficam ali sofrendo torturas por que elas acham que merecem. E me pergunto se eu também quero usar as desculpas que tenho por que acho que preciso ficar aqui, como um castigo alto imposto.
O qual ruim minha vida pode ficar?
O quanto mais vou ter que chorar no quarto enquanto penso como seria legal não estar aqui?
Quem ficou comigo?
Sabe, ninguém é obrigado a me ter como prioridade. E nem quero ouvir pessoas falando sobre isso, na verdade qualquer coisa comentada aqui só vai fazer doer mais.
Sela ele um “eu te amo”, um “eu me importo” ou um “para mim você é prioridade”. Nada disso pareceria verdadeiro.
Sinto como se eu estivesse voando em balões, que seriam minha esperança e os tivesse soltado. Não que eu vá tentar nada, mas é como se eu estivesse vazia por dentro, e chorar fosse a única coisa possível.
Como se nada mais importasse, e falar aqui fosse só dizer o que já aconteceu.
Eu vou desligar o PC, sorri e depois vou para o quarto tomar uns dois dramins, chorar até dormir e amanhã vai estar tudo bem.
Tudo bem pelo menos até chegar mais uma noite. E assim vamos ver até onde eu agüento.

Lua Negra

| segunda-feira, 29 de junho de 2009 | 1 comentários |

Bela és tu, cujo corpo transpira amor
Que transforma ambição em dor
Por sedução traz ao homem puro horror
Sua alma da lua nova tem a cor
E seu puro corpo nu tem perfume de flor
Quem não pode tomar conhecimento desse ser, é sofredor

Seus pés tocam o chão, macios como plumas
O corpo despido de tudo o que pode esconder sua beleza
O vento levado a bagunçar-lhe os cabelos
Um corpo de beleza incomparável jamais visto
Desenhada por Deus em sua perfeita inspiração
Em sua alma a crueldade e a destruição

Tu que anda pela noite, alma protetora
Nunca na arte de amar, foi amadora
No corpo de cada mulher mora
Com sua simples visão se chora
Por não ser submissa do belo jardim foi embora
Em sua cruel vingança usou uma cobra

Com amantes morou... A perda de sete queridos
Sua alma amargou e transformou sua crueldade
Seu ventre infrutífero assombra o coração
Olha pequenos pupilos por distração
Seus lábios beberam do elixir da vida...
E sua boca se encheu de vermelho púrpuro

Rainha dotada de imenso poder
Podem desejá-la, mas ela escolhe a quem ter
Por lei própria, independência, decide a quem querer
Bebeu o que ninguém jamais ira beber
Todas as coisas mais belas num único ser
Mulher que a sábios faz tremer

Nunca nenhuma se comparou a ti
Em grandes rituais é perigoso mexer com ela
Faz alguns se esconder de medo
E outros se cativar com desejo
És tu bela Lilith, rara mulher
Rubi bruto, filha da Lua Negra.

Devaneios

| domingo, 28 de junho de 2009 | 0 comentários |

Os dedos finos tateavam o coração que batia ensangüentado e deslizante. O vidro de fel estava ao lado, em um tom verde deixando-o mergulhar.

- Não preciso disso que me sobre, não preciso que me falte, é apenas um coração, sem sangue para bombear... Embebido em fel é seu lugar.

A voz é suave. Suas entranhas se reviram e mais fundo se tocam tirando de dentro os órgãos quentes.

- Um a um são postos de lado.

Um murmurar e uma canção. Apenas um sonar ao vento frio, a noite escura e aquela lua cheia, tão comum e tão clichê.

Os cabelos balançando junto com a cabeça, os pés dançantes pequenos e molhados, deslizando no musgo verde do chão.

Ela sabia que não precisava, e tudo foi sendo deixado até não restar nada além do cérebro o único órgão.

- Por que esse não? – perguntou uma voz diferente e vinda do nada.

- Eu preciso pensar para ver se ainda dói, para ver até qual dor meus pensamentos me carregam, qual funda é a candoga daqueles que veneram a ignorância e o quanto mais eles vão agir sem saber, tocar sem sentir e falar sem ouvir.

- Quem são eles querida, que voz vós fala o coração, que voz perpetua a discórdia dentro de si?

- Aquela me traz enjôo e dói o coração, meu pulmão que dói ao respirar, o peito que está pequeno com tantas coisas dentro... É preciso deixar espaço, para que tudo caiba e não doa mais. Sem pulmão a respiração não dói, o coração não se parte sem mente e o estomago não pode mais se enojar do fel da estrada de palavras e atitudes.

- Mas quem vós fala? Que importância eles tem?

- A importância da luz no escuro, são poucas, a maioria das velas acabam, quando chega o final do pavio... Pavio envolto em cera como um abraço quente no frio que não existe mais. Não existe abraço, não existe mais palavras, mas se eu não sentir as vozes vão voltar e eu vou ter meu abraço.

- Te daria meu abraço, se pudesse caminhar nas trevas de seu pensamento, e te alcançar naquele medo tão noturno. Na visão turva e nas luzes turvas e no cenário turvo. Como vê agora?

- Não vejo a ti, vejo as luzes como ondas nos olhos se embaçando. O que é isso? São água, que não devia sair mais, e não devia mais turvar a visão.

- Como se sente agora?

- Sinto-me como o vento, o ar e o gelo, sinto-me como um imenso gelo que nada sente, e meus pés estão gelando o sangue não circula mais, e a dor passou... Ao menos a dor não é mais sentida... Não está em palavras e não é palpável. É mais fácil... Acariciar e não notar que onde você está acariciando está em carne viva... Não sabe? Um carinho na carne viva pode doer muito, é a temperatura da mão, o suor que arde e o choque entre as peles. Deve mesmo ser chamado de carinho? Ou de candoga? Eles não compreendem...

- Explique-os. Mostre-os... Esclarecei-vos. A todos e seus sorrisos iram voltar.

- Estão enferrujados e sem óleo. Não posso mais por que dói. Explicar o que não sentem é difícil. Seria muito melhor se eles não falassem, não tocassem do que fazer doer mais ainda. Seria melhor se eles compreendessem, explicar me faz querer a solidão.

- Caixinhas de fel, deixando o vazio interno apenas maior.

- Sem dor... Sem dor. Daqui a pouco vou estar rindo disso tudo... Se estiver viva... Daqui a algumas horas, litros por litros. Quando eles acariciarem não vai doer ou produzir calor.

- Que assim seja... Doce criança.

- Dom Ratinho, foi pegar um teco de toucinho do feijão e morreu afogado... – a voz murmurava e os passos eram distantes. – A dona Carrocinha sua mãe adotiva chorava na rede. – ela começava ao longe. – A noticia se espalhou a porta que rangia... – disse passando mais longe e se sentando. – E uma andorinha que de longe vinha notou a porta abrindo e fechando, abrindo e rangendo...

E o silencio se fez com vidros partindo e pés pisoteando algo.

- O que houve, sempre a vi ranger... E gritar ao abrir e fechar? Perguntou a Andorinha... Dom Ratinho morre, Dona Carrocinha chora, e eu como não possuo lágrimas estou abrindo e fechando para demonstrar minha dor... Por que no conto todos estão chorando quando o Dom ratinho morre?

- Por que o mundo dele acabou, não há mais nada, nem pensamentos, nem falas, sentimentos... Tudo trancado e tudo um mistério, ninguém sabe como Dom Ratinho se sentiu.

- Dom Ratinho morre, porta abre e fecha, passarinho derrubou as penas, arvore derrubou as folhas, o mato secou, o homem cortou a barba, a fonte secou, os garotos destruíram seu balde de água. Por que o Dom Ratinho morreu sua dor não foi sentida, seus pensamentos são um segredo, nem a Dona Carrocinha sabe. O que o Dom Ratinho pensava... Ele sentiu dor, deve ter doía.

- Sim, ele foi queimado vivo.

- Não é essa dor a dor física é mais fácil de ser curada, para algumas dores não se tem remédio.

- Sim, criança... Continue sua história.

- Não mais, o melhor final é aquele que deixa pensar... Fim é uma palavra muito mais bonita que começo.

Caverna

| segunda-feira, 15 de junho de 2009 | 2 comentários |
Era uma vez, aqueles sonhos tecidos em teias de aranha, se desmanchando ao contorcer agonizante da morte de penas presas. Mostrando que a esperança se perdeu na floresta.

E ali os passarinhos cantam, apenas mais uma oitava, mais uma nota na clave de sol, puxando do contorno de coisas que não duram.

E ali no fundo alguém tentava escrever, sobre uma pedra cinza de espécie única. A Alegria servia de apoiou, para o carvão que rabiscava sem nada escrever. Palavras são inúteis para traduzir sentimentos.

Mas o poeta não percebeu, as palavras que ele escrevia com aflição fugiam do papel sobre a canção da dor da floresta, onde tudo morre.

Uma gota pingava contando os segundos, um a um, segundos perdidos esparramados pelo chão em gotas absorvidas pela terra. O vento ecoava ali e estava frio.

O carvão solta lascas virando tintas e borrões sobre o papel sem palavras, elas possuem alguma forma entendida por cada um, que não são palavras, são apenas borrões, são apenas desenhos das salas psiquiátricas e dos testes psicológicos.

Ali em um borrão sem forma, o poeta vê seus sonhos, ele vê uma ave a voar no céu, ele vê sonhos se desenhando como ramos de plantas floresta a dentro se preenchendo e formando um desenho do que ele não pode dizer que sente.

Quem o ouviria ali, dentre de uma caverna cheio de paredes e umidades, tantas pedras de sentimentos espalhadas por ali, e a dor em cada novo ser que nasce, cresce, se reproduz e morre. Tão simples...

A água termina, os pingos acabam, não á mais água para desenhar no papel aquele sonho. Mais um sonho mostrando que por mais que doa há alguma coisa ali com sentido. Alguma coisa nos borrões, que se assemelha no coração, ali era sua verdade, era as sombras na parede que ele queria acreditar.

Sombras nas paredes das cavernas, desenhos nos papéis, escuro, frio, vendo e barulho no silêncio, pouco que o fazia feliz, pouco que o fazia sentir.

Ele se esticou nos pés, bateu os dedos ali, mas não havia mais água, não tinha como. Ele saiu do papel vendo a sua volta pela primeira vez. O mundo imenso da caverna, todas as coisas que ele não tinha visto antes que iam se formando.

O silêncio foi ouvido e a solidão sentida, ele não tinha mais seus sonhos no papel, só uma realidade fria a sua volta o sufocando.

O poeta apertou os olhos querendo não ver, segurou o coração querendo não sentir e o carvão se desfez no papel virando pó. As suas lágrimas caíram no papel, eram grandes e grossas como sua dor, e o papel ficou escuro... Desenhando sua esperança.


Um dia de Murphy

| quarta-feira, 3 de junho de 2009 | 1 comentários |

Por favor, alguém aperta a descarga que a merda está começando a feder!!! Quanto tempo que eu não escrevo para começar algo assim? Talvez seja a frustração do meu dia.
Era um dia comum, eu já estava chateada com algumas coisas. Mas... Resolvi deixar para lá, como qualquer pessoa “normal”. Mas a “merda” persegue a gente de todas as forças, um labirinto negro de engolindo aos poucos. Ou devo dizer sutilmente, letalmente e rapidamente.
Eu não conseguia levantar, estava com frio, mas levantei, o metro não voltou e aquilo podia ser um dos sinais, acabei em pé, com um idiota que insistia em colocar o pé colado ao meu me deixando toda torta. Ainda me chega um infeliz, e após empurrar meio metro lotado, me cutuca e diz: “Esse banco não é reservado?” apontando para uma garota que estava sentada ali quase dormindo ao lado de um senhor de uns 60 e poucos anos.
Virei para ela e disse: “ela está grávida”, acrescentando em mente algo assim “Aquilo na barriga dela é um feto e não uma melancia seu cretino”. Ai o senhor que estava sentado cedeu o lugar dele, e o “panaca-mor” sentou e dormiu. Até ai ótimo, descendo do metro olho para o termômetro do Ana rosa e estava 8 graus. Fui para a faculdade pensando no gibi que li no metro.
Estava louca para chegar em casa e comentar com a Nai o que tinha acontecido no mangá, estava perfeito o Aoi e a Karin são perfeitos e eu adorei a parte que ela toca piano com a mãe dele. E no qual o Aoi liga para a Karin dizendo que não conseguia dormir. Ai a Karin lembra que a mão do Aoi disse que ele tinha problemas para dormir quando era pequeno, e ela tocava uma música clássica para ele no piano.
Ai achei super fofo quando a Karin gravou a música de madrugada no piano, levando bronca da mãe e foi levar para ele, super fofo.
Cheguei na sala de aula 30 minutos atrasada, peguei a prova e a fiz em 30 minutos. Não sei por que tem gente que enrola tanto a porcaria da resposta não vai cair na sua cabeça, se fosse uma prova de alternativas, você ainda podia enrolar e colar. Mas era uma prova dissertativa, não tinha como. E foi fácil. Entreguei e sai para o frio...
Não tinha dinheiro para o lanche, mas estava com fome, Verônica me pagou um leite com chocolate, e fomos conversando... Na verdade eles falando e eu ouvindo.
Quase fui atropelada, mas Verônica me puxou dizendo “ela tem mente masculina e não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo”, ela repetiu o que eu tinha dito brincando. Quase fomos atropelados na próxima esquina por não olhar o farol, estávamos em três.
Uau, eu realmente pensei que seria legal, eu poderia ir parar no hospital, me livrar da escola, ter férias e seria uma experiência nova, ok! Chega!
Entrei no metro com todos, e logo desci na sé. Peguei sentido Arthur Alvin. E o mangá estava perfeito.
Cheguei em casa sem maiores problemas, então deitei na sala estava um baita frio, tomei um remédio para dor de cabeça, me embrulhei toda e fui ver padrinhos mágicos. Até ai não tinha acontecido nada. Eu estava sim um pouco chateada com a Nai, mas não queria repetir a mesma coisa, ou ter que gerar uma longa conversa que possivelmente viraria discussão por que não estava bem para isso. E estava tentando ficar bem, com todas as minhas forças agonizantes.
Minha vó foi na feira e me trouxe Marley & eu. A tempos eu queria ver aquele filme, e comecei a ver achando que era uma comedia e nada mais que isso. Para minha surpresa o filme é ótimo, anotei mentalmente de comentar isso entre outras coisas com a Nai, coisas que eu tinha pensado o dia todo. Coloquei o DVD do Poderoso Chefão III para criar um Backup, isso era 14h, e normalmente demora 1hora, meia para codificar e mais meia para gravar. Pois o PC surtou, e quando deu 17 e 20, ainda faltava muito para gravar.
Eu entrei em desespero, odeio fazer as pessoas esperarem por mim e não aparecer, estava preocupada com a Nai por que entrava às 16 e meia para falar com ela. Comecei a surtar mais, mandei uma mensagem avisando, mas mesmo assim não consegui sossegar eu fico preocupada e não gosto quando acabo entrando mais tarde do que o horário para falar com ela, é como perder um tempo valioso e não gosto de preocupá-la.
Ai entrou o Murphy na história, entrei no MSN depois de mandar uma mensagem e ela não estava, fiquei preocupada por não ter nenhum aviso nem nada.
Entrei e sai do meu MSN 3 vezes para ver se era ele que estava dando a louca, mas não era. Ela entrou as 17 e meia dizendo que a irmã estava usando. Senti como se eu fosse a única louca que se preocupa. Todas as minhas tentativas de conversar com ela entre o jogo de RPG yaoi, que usamos para construir fics foram frustrados. Por que o MSN dela não estava enviando as mensagens sobre os assuntos, só as coisas que ela falava, que não eram respostas, e os jogos. As resposta que eram para o que eu estava dizendo o MSN só enviou uma. Isso me fez lembrar que eu estava triste a algum tempo e estava tentando ignorar isso. Por que me parecia mais importante estar ao lado de quem amo do que me permitir cair.
A coisa foi piorando, desiste de falar e percebi que por mais que eu tente demonstrar é difícil as pessoas notarem quando eu estou mal ou por que. Não importa... Sempre me digo que não importa. Mas ai mais coisas aconteceram. Minha vó ficou irritada por que falei com ela com a porta no meio para meu gato não fugir, ele estava louco para fugir, e eu não gosto dele na rua de noite, e ela sabia. Me deixou triste e não comi a sopa.
Meu pai é engraçado, ele diz que eu devia fazer meu próprio leite com chocolate quente, e não a minha vó, normalmente peço a ela. Pois é, sai do PC e fui fazer o leite, tomei um Dramin, ele é tão eficiente como remédio para não sentir nada além de sono, do que para não sentir enjôo que é a função no qual ele foi classificado.
Não consegui fazer a dor passar, a Nai não tentou falar comigo para concertar as coisas, e eu não queria ficar pedindo para resolvê-las. Por que queria que ela tivesse percebido, mas não deu certo como a maioria das coisas hoje. Ela não tentou conversar, não tentou ver o que tinha acontecido, e isso me ajudou a ficar mais triste, por ela não conseguir sentir o qual ruim eu estava todos esses dias, e piorei muito agora.
Planejei dormir as 23 e meia, já que não estudei, o frio ficou mais frio, e eu decidi escrever isso para, estava ainda mais triste com a Nai, estava mais triste comigo, e estava tendo pensamentos obssessivos e depressivos. Talvez não seja importante...
Eu queria que a Nai lesse isso para entender um pouco, mas como o mundo queria me provar que ia piorar a energia acabou com tudo, demorou a voltar, e ainda por cima travou mais do que tudo. Ou seja... Consegui ficar pior do que estava antes.
Sei que isso era para ser engraçado, e ficou triste. Mas pensa... É algo tão absurdo que chega a ser engraçado. Agora eu queria muito não ter que levantar amanha, mas vou a faculdade fazer a prova, vou voltar e dormir na MINHA cama até a hora de entrar no computador... E só vou fazer isso quando me sentir descansada para. Acho que agora chega...

Sim ou Não

| segunda-feira, 4 de maio de 2009 | 0 comentários |
O vento sopra as plantas, que dançam ao som do vento, como se aquela fosse sua única razão de existir. Eu queria ter sido como o vento, ter sido livre para voar.
Queria que o mundo me olhasse agora, onde estou no alto de minhas dúvidas e meus medos. Mas ninguém pode me ver.
O sol cega os olhos de quem tenta olhar.
Pássaros sem asas não podem voar... Apenas sabem cantar, baixinho como o vento.
Uma canção sem palavras, como um murmurar... Uma sonoridade, e uma emoção.
Eu poderia ter vivido mais? Para provar tais falsidades e mentiras que rodeiam a sociedade. Nada existe a não ser o silêncio para onde voltar.
Agora, minutos passados, podem me ouvir quando meus lábios estão calados e onde nada mais vai sair.
Os pássaros não cantam mais, o mundo parou de girar...
Todos agora podem me ver, como um quadro intocável, algo inimaginável e uma mente não lida.
Pode pensar agora? Pode imaginar agora? Ou apenas dizer que não sabe... Como?
Uma palavra pode ter tantos significados, podem haver várias delas, varias letras que não expressam a beleza de voar, de saber que não existe mais dor... Nunca existiu.
Podem viver em seus sonhos mais profundos, sua mentira ilusória e sua candonga. E fingir por um momento que fez o possível.
Todos os contos são assim, histórias que se conhece o fim, apenas confusão sem sentindo no mundo que gira, e todas chegam a um fim.
Qual fim mais belo que voar... Nos braços daquele único que se importa, o vento. Por que não pode haver algum lamento em meus olhos a chorar a beleza de um dia sorrindo.
Por que não consigo dormir e sonhar... Eles me fazem sentir que eu ainda vivo, mais do que a fome, mais do que o vento... Sim são as palavras do vento que já não me tocam mais.
E... irei um dia sentir a falta de sentir todas aquelas coisas que colocamos e não colocamos em palavras. Deixe-me perder no vento... Voar e achar que tudo está no alcance de uma decisão. Sim e não.


Vazio

| quarta-feira, 29 de abril de 2009 | 1 comentários |

Muitas vezes eu parei para olhar meu blog. Muitas vezes pensando em o que escrever? Nada me parece bom o suficiente... Escrever apenas o que as pessoas querem ler me fez ficar meio desanimada para escrever. Me perguntando muitas vezes quem lê e por que lê.
As pessoas tem objetivos diferentes, no fundo eu não escrevo para ninguém ler, se eu o fizesse teria propagandas espalhadas por ai do meu blog, o que não é o caso, o link do meu blog deixou de fazer parte do meu Orkut a tempos. Por que algumas pessoas deixaram de ser importantes e até mesmo deixar de existir.
É difícil entender os sentimentos dos outros. Mesmo por quem lê o que eu escrevo, afinal ninguém pode sentir melhor do que eu os desafios da vida.
É muito fácil falar, que o que eu sinto é besteira, que eu devia ser feliz por esse ou aquele motivo, que eu devia notar as coisas boas que eu possuo e dar valor a elas. Eu nem sei por que me sinto assim, nem como fazer para parar, por que as pessoas sempre tem que dar suas malditas opiniões sobre tudo? Por que ninguém pode simplesmente ouvir ou ajudar de uma forma que não pareça que eu TENHO A OBRIGAÇÃO de ser feliz e querer viver por qualquer outro motivo?
Eu me sinto perdida. Talvez essa seja a melhor colocação do que eu estou sentindo no momento. E se deixo escapar meu estado de espírito, estourando as vezes, ou quase sempre quando sinto alguém me cutucar, e a dor é tanta, é ruim e boa por que sinto que eu ainda estou viva e que não cai.
Me vejo sozinha em cima de um monte, onde o vento bate forte e nunca ninguém me ouve. Por que as pessoas tentam ignorar outras quando elas não estão bem, por que é menos problemático.
Se eu deixo escapar coisas como “Eu sei que sou inútil”. Ou como “Pode deixar que um dia vou deixar de atrapalhar a sua vida”. Não é por que eu quero que prestem atenção em mim, e sim por que eu estou tão fraca que não consigo mais fingir. Tenho a impressão que os dias estão ficando cada vez mais cinzas. E cada vez mais minha cabeça é preenchida por pensamentos nada bons. Eu sinto como se estivesse vivendo pendurada em uma corda, e com o braço doendo já.
Não me sinto mais confortável perto das pessoas, e todos os dias quando acordo... Inevitavelmente penso que é mais um tinha que eu TENHO que viver, que vai demorar muito para passar... E o quanto isso é insuportável.
Eu acordo de manhã, pensando em como seria bom não acordar. Não por sono mas por que não dá vontade de sair da cama. Ao me levantar e andar pelas ruas, minha mente se apaga um pouco, as vezes me concentrando em coisas como mangas ou livros, ou até mesmo dormir no metro. Meu sono está desregulado, eu queria não ter que conviver com as pessoas, e acabo evitando isso sempre que posso.
Sair para mim não tem nada de divertido. E algumas pessoas não entendem que eu simplesmente NÃO TENHO VONTADE de sair de casa, de ir a um barzinho, ou de dançar, tudo o que eu quero, ou queria, era poder ficar em casa. E nada parece ajudar, tudo apenas parece fazer com que eu sinta o quanto eu não queria estar aqui. O quanto tudo é insuportável e machuca, o quanto eu sou a par desse mundo. Onde viver para alguns parece tão fácil...
Eu cada vez sei menos explicar o que eu sinto, a minha vontade de explicar e ser compreendida está equiparada a minha vontade de sobreviver... Tudo cada vez é mais insuportável do que antes.


Perguntas Sem Resposta & Sem Sentido

| sexta-feira, 17 de abril de 2009 | 5 comentários |



Alguém sabe responder?
- Como se escreve zero em algarismos romanos?
- Por que os Flint Stones comemoravam o Natal se eles viviam numa época antes de Cristo?
- Por que os filmes de batalha espaciais tem explosões tão barulhentas, se o som não se propaga no vácuo?
- Se depois do banho estamos limpos porque lavamos a toalha?
- Por que quando aparece no computador a frase "Teclado Não Instalado", o fabricante pede p/ apertar qualquer tecla?
- Se os homens são todos iguais, por que as mulheres escolhem tanto?
- Se o vinho é líquido, como pode existir vinho seco?
- Por que as luas dos outros planetas tem nome, mas a nossa chamada só de lua?
- Por que quando a gente liga p/ um número errado nunca dá ocupado?
- Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força, quando a pilha está fraca?
- O instituto que emite os certificados de qualidade ISO 9002, tem qualidade certificada por quem?
- Quando inventaram o relógio, como sabiam que horas eram, para poder acertá-lo?
- Se a ciência consegue desvendar até os mistérios do DNA, porque ninguém descobriu ainda a fórmula da Coca-Cola?
- Como foi que a placa "É Proibido Pisar na Grama" foi colocada lá?
- Por que quando alguém nos pede que ajudemos procurar um objeto perdido, temos a mania de perguntar: "Onde foi que você perdeu?
- Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo?
- Se o Pato Donald não usa calças, por que ele amarra uma toalha na cintura quando sai do banho ?

Perguntas sem sentido
1 - Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na cama, com a luz apagada e te perguntam: - Você tá dormindo?
- Não, tô treinando pra morrer!
2 - Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta: - Tá com defeito?
- Não é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.
3 - Quando está chovendo e percebem que você vai encarar a chuva, perguntam:
- Vai sair nessa chuva? - Não, vou sair na próxima.
4 - Quando você acaba de levantar, aí vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Acordou? - Não. Sou sonâmbulo!
5 - Seu amigo liga para sua casa e pergunta: - Onde você está?
- No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!
6 - Você acaba de tomar banho e alguém pergunta:
- Você tomou banho? - Não, mergulhei no vaso sanitário!
7 - Você ta na frente da porta do elevador da garagem do prédio e chega um que pergunta:
- Vai subir? - Não, não, tô esperando meu apartamento descer pra me pegar.
8 - O homem chega à casa da namorada com um enorme bouquete de flores. Até que ela diz: - Flores?
- Não! São cenouras.
9 - Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta: - Tem gente?
- Não! É o cocô que está falando!
10 - Você chega ao banco com um cheque e pede pra trocar: - Em dinheiro??
- Não, me dá tudo em clips!
11 - Você chega a um posto e para em frente de uma bomba somente de gasolina e o frentista pergunta: - Gasolina?
- Não, enche com tinta de caneta!

Butterfly

| quarta-feira, 8 de abril de 2009 | 1 comentários |

Ela não sabe o que é dor ou o que é sentir. Apenas se preocupa em desenhar uma borboleta mais bonita que a outra. Para agradar o Ted, o ursinho encardido que ela se rescusa a soltar. Ela não tem forma de menina, mas é parecida com uma mulher. Não como os meninos, eles não parecem homens. Mas ela parece uma miniatura de mulher.

Ela não pode mentir, está ela não sente. Ela não sabe nada além das Borboletas, elas preenchem o seu mundo e seus sonhos quando ela abre os olhos e vê as estrelas. Ela não tem nome, é apenas um ser descalço vagando pelo mundo por vagar.

E a sua escuridão cresce de dentro para fora escapando colorida por seus poros minúsculos. Ela não sente. Ela só sente o frio e o calor, só aquilo que ela toca, ela fotografa na memória qualquer uma das coisas que consegue ver.

Borboletas foram feitas para voar
Mas agora elas não voam... Não a vida toda.
Sonhos foram feitos para se realizar
Mas são esquecidos
A amizade foi feita pelo amor
Mas é cheia de terrorismo
Ela não sabe mentir estar feliz
Mas não diz a verdade
Tendo compaixão por quem não tem compaixão por ela
Borboletas foram feitas para nascer rastejando no chão como o instinto
Para voar como os sonhos
E morrer como a realidade

O que pensar da vida e daquele que sabemos que amamos?

| segunda-feira, 6 de abril de 2009 | 2 comentários |

“O que pensar da vida e daqueles que sabemos que amamos?”
Essa frase venho de uma música do Legião Urbana, L’aventura. E é algo que eu sempre me pergunto. O que pensar? O problema não é nem pensar é pensar no que pensamos sobre a vida, e aqueles que sabemos que amamos.
A minha vida está estranha, no mínimo. E eu penso em como a vida retroage. Por que? Bem, nós nascemos com a grande certeza que sabemos tudo sobre tudo. Quando criança, vemos o mundo de uma forma diferente. E a impressão que eu tenho, é que quanto mais eu cresço. Quanto mais madura eu fico, eu sei que não sei nada.
É como disse o filósofo uma vez, “Tudo o que sei, é que nada sei”. Isso nunca se fez tão verdade como agora.
É como se minha vida fosse um livro, escrito a grafite e eu fosse apagando dele páginas e mais páginas querendo deixar apenas folhas em branco.
As coisas tem se tornado mais uma obrigação do que um prazer. Eu tenho que ir a faculdade para obter notas e não decepcionar minha avó que me ama e cuida de mim.
Não é por que eu quero ir a faculdade. Isso é algo um tanto complexo. Eu quero ir para a faculdade. Estudar não é o problema. Eu gosto de estudar e sempre que estudo penso que nunca é o suficiente.
Estudar pode acabar sendo a válvula de fuga. Sabe, eu quero estudar mais para não pensar em como a minha vida está se tornando trevas e não por que quero um futuro melhor.
As vezes pensar em um futuro para mim, é estranho. Por que eu não vejo um futuro para mim. É como outra música do Legião, “Hoje eu sonhava agora já não durmo” Sereníssima, é a minha música. Antes eu tinha tantos planos que tinha medo de não dar tempo de executá-los. Hoje eu nem tenho planos, sonhos ou um futuro.
Sempre vai ter aquela voz para me dizer que não vai dar certo, e que a felicidade não é feita para mim.
O maior problema em viver é que eu não quero mais conviver. Isso é estranho, eu sei. Mas quando eu digo conviver, estou dizendo ir a faculdade com pessoas me analisando o tempo todo. Pessoas me vendo no metro, pessoas me vendo na rua e na faculdade.
Claro que elas não devem pensar muito bem de mim. Mas eu não penso bem delas. Eu não quero um contato social. Esse tem sido o problema. Todas as vezes que eu tenho que sair de casa, seja para o que for. Tem sido um terrível pesadelo.
Eu chego a me sentir mal. Me dá enjôo, dor de cabeça, eu tremo e sinto uma espécie de sensação de medo incontrolável.
Por enquanto eu tenho conseguido controlar isso só pelo desejo de estudar. Mas é só analisar a diferença. Antes eu ia para a faculdade, conversava e tentava me relacionar. Eu puxava assuntos e me infiltrava em assuntos alheios, tentando manter pessoas por perto. E era divertido, eu gostava de ter companhia.
Agora eu quase não falo, expressar minha opinião se tornou algo cansativo. Eu não quero sair por ai discutindo o por que das coisas. Não importa o que as pessoas pensam ou falam. Se eu achar o oposto também não importa por que o desejo de não ter relações sociais é maior que tudo.
As vezes é como se eu estivesse apodrecendo por dentro e ninguém visse. Por que talvez eu não deixo ver. Vai saber. Mas a minha maior vontade tem sido ficar na cama ou no meu quarto. Nem vontade de comer eu sinto, mais uma das coisas que eu faço por obrigação.
Meus pensamentos andam confusos demais, e a única coisa que eu queria era poder ficar a sós com eles. O fato é que viver tem sido uma obrigação bem desagradável. Me sinto sufocada no mundo, por que tem pessoas perto. Por que tem relações. O pior é saber que mesmo após escrever tanto, não consigo colocar tudo o que penso, e nem fazer com que sintam o que eu sinto. Palavras nunca passam todas as sensações. Me conformar com isso que é um problema.

L´Aventura
Legião Urbana

Composição: Indisponível

Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos ?

Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro

Corri pro esconderijo
Olhei pela janela
O sol é um só
Mas quem sabe são duas manhãs

Não precisa vir
Se não for pra ficar
Pelo menos uma noite
E três semanas

Nada é fácil
Nada é certo
Não façamos do amor
Algo desonesto

Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero

E queremos fugir
Mas ficamos sempre sem saber

Seu olhar
Não conta mais histórias
Não brota o fruto e nem a flor

E nem o céu é belo e prateado
E o que eu era eu não sou mais
E não tenho nada pra lembrar

Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais

Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente, nem é verdade

Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender
Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender

Querido Diário

| terça-feira, 31 de março de 2009 | 1 comentários |


Querido diário que não tem boca, me conforte em suas pequenas folhas, e me escute com seus ouvidos mudos.
Guarde minhas palavras e segredos daqueles que não lêem. Transforme suas folhas em um sonho cheio de cores.
E que nas folhas venha à surpresa das palavras realizadas. Querido diário que me sustenta se eu aqui escrever que estou feliz o sorriso aparecerá em meus lábios?
Querido diário, se eu não escrever as coisas ruins faria se secar as lágrimas? Transformaria a realidade?
Eu queria um faz de conta que acontece, eu queria sorrisos de verdade, e que não existisse mais lágrimas, e nem dores.
Por que o que eu escrevo morre como as folhas, se secam e caem. Não são contos ou poemas são só palavras mortas.
Se aqui eu escrevesse um sonho, com alguém feliz e coisas boas acontecendo, não tornaria a dor mais dolorosa do que já é? Mais dolorosa que o insuportável real?
Querido diário que sustenta minhas verdades, e deseja minhas mentiras.
Eu queria acreditar naquele mundo que existem em palavras.
Queria acreditar que as pessoas realmente se importassem, e que pelo menos um dos meus sonhos se realizasse.
Querido diário, eu queria escrever aqui alguma coisa boa que aconteceu, queria contar a história de um sorriso, ou alguma vez que fui feliz no dia de hoje.
Hum, eu queria contar de coisas gostosas que comi, coisas legais que ganhei e momentos especiais que passei.
Eu queria apenas hoje a noite, não deitar na cama e desejar não acordar amanhã. Por que sempre acordar é pior, e dormir é melhor?
Querido diário eu queria apenas voltar a sonhar, apenas um noite, para me lembrar como é.
Querido diário. Eu queria:
Ser importante para alguém e ouvir isso...
Queria fazer falta para alguém...
Queria um pouco de atenção palpável...
Queria um sonho realizado...
Queria que as pessoas não fossem falsas...
Queria que um “está tudo bem com você?” fosse sincero...
Queria que alguém se colocasse no meu lugar apenas uma vez...
Queria não acordar amanhã e nem depois e quem sabe em uma semana?
Queria olhar para o meu futuro e vê-lo mais concreto...
Queria não lembrar o quanto estou sozinha...
Queria ter um colo para chorar...
E um abraço de consolo...
Queria algo mais do que dopar minhas dores com remédios...
Queria não me cansar das pessoas...
Queria ter alguma coisa para chamar de “momento perfeito”...
Eu queria dormir por um longo tempo e assim ter um sonho para te contar... Querido diário.

OBS: Imagem de Heise.

De que forma deseja ver a morte?

| sábado, 28 de março de 2009 | 1 comentários |


De uma forma que não seja tão cruel, e que não doa muito.
Que eu lembre apenas que o ser humano não vai agir comigo como eu acabo agindo com os humanos.
Ninguém vai agir comigo como gostaria que agissem consigo.
Eu preciso aprender a reprimir todos aqueles pensamentos e todas as farpas.
Posso sentir as farpas, e posso ignorá-las.
Desejo ver a morte e não sentir a dor, mesmo que ela venha de dentro.
Preciso me lembrar de não dizer a mesma coisa várias vezes, por mais que o veneno do não dito me mate por dentro.
Preciso lembrar que o mundo cinza não vai se colorir e que ninguém vai colorir ele para mim.
Desejo ver a morte, de uma forma mais preta e cinza o possível.
Que não me venha com palavras doces, de compreensões que não existem.
Que não me venha com promessas vazias que nunca se cumprem.
Me lembrando de que ninguém se importa de verdade, e dizem que se importam para ficar bonitinho.
Preciso me lembrar que a dor dói apenas em quem esta ferido.
Preciso me lembrar que não importa o carinho que você trata a pessoa, o bom senso dela nunca vai obrigá-la a agir igual.

Agir sem esperar nada em troca, agir sem esperar que te escutam, ser como o vento se moldando ao mundo, a vida social.
Desejo me desligar, como uma canção ao fundo, que ninguém percebe quando acabou, aquela canção esquecida.
A melhor forma de dizer é o silêncio que só compreende os interessados.
Me cansando aos poucos entre fumaças e desistência.
Preciso lembrar de sorrir quando quero chorar.
De me calar quando quero gritar.
De sorrir quando quero xingar.
E dizer palavras doces ao invés de grosseiras.
Não dizer nada que seja desagradável, melhor é o silêncio.
Me lembrar de não pedir uma segunda vez, discutir uma terceira e insistir no que eu quero dos outros.
Desejo ver a morte, como ela é, e aproveitar a sua cena, como o ato de um teatro.
Me lembrar, me lembrar que a solidão é boa, e que estar só, é diferente, sou dono do mistério.
Me lembrar de coisas que não devem ser ditas.
Que seja silenciosa.

Mais uma dose de Saquê e um cigarro

| sexta-feira, 27 de março de 2009 | 1 comentários |

Isso é um fato comprovado, aqueles que apenas os estudiosos e mais aquelas pessoas que não tem o que fazer podem confirmar, estudar a mente humana não é fácil. A começar nos agimos de uma maneira X e achamos que estamos inovando. Não existe inovações apenas novas formas de copiar e enxergar.
Por que devemos responder as perguntas mais freqüentes, que não para nos auto-afirmar?
Eu não estou ligando? Isso seria uma resposta possível. Mas qualquer coisa dita pode ser interpretada.
Na verdade podem achar que eu sou alguém que não luta por aquilo que eu acredito. Eu só acho que é perder tempo explicar coisas para pessoas, desperdiça palavras explicando por que uma coisa é assim. Isso me torna alguém que pensa apenas, reflete e observa.
Por que eu vou perder tempo mostrando meu ponto de vista a um idiota que só vê aquilo que quer? É uma questão de praticidade.
E é por isso que eu não discuto, só penso que é uma merda ter que ficar ouvindo aquele ser falar sobre uma coisa que eu sei que não é verdade, e nessa hora entra o saquê, quem disse que era pinga? É mais gostoso... Mais doce, como fingir.
Palavras são preciosas demais para desperdiçar com idiotas, é isso que eu penso. Por que a tendência no novo tempo é se livrar de todos os paradigmas e das barreiras impostas pela personalidade. Ser sozinha não é realmente um problema, sabe? É como o ditado, antes só do que mal acompanhado. É assim que eu me sinto.
Isso me lembra de uma frase do Karasu, um personagem de um anime chamado “Yu yu hakusho” Que ele diz algo assim: “As vezes eu me pergunto o que faço nesse mundo?”Essa é uma boa pergunta... O que eu faço nesse mundo realmente? Por que tentar mudar a cabeça das pessoas não é? Talvez eu seja apenas um agente do mal, infectando as pessoas e mostrando o quanto elas são idiotas, em alguns pontos. Não sei se tenho sentimentos, talvez eu os tenha, tem coisas que não dá para saber...
Como diria Capitão Barbosa em piratas do caribe... Caminhando!
Escrevi isso, é apenas um pensamento solto. Mas poxa, eu vi esses dias um blog de um garoto não sei da onde. E ele tinha um claro problema mental... Ele se feria com giletes, mas não era apenas cortes, ele chegava a tirar pedaços da perna e do braço. Algo como infligir a dor do mundo na própria pele.
O pior de tudo, de sofrer no mundo, é que não importa, as pessoas não querem saber se esta doendo em você. Ninguém liga, salve raras exceções. Por que então fazer isso? Eu acho que a melhor forma de demonstrar a dor pelo mundo é a exclusão. Apesar de a vida social ser algo absurdamente imposto, na sua mente você pode imaginar todo mundo morrendo, isso não é crime. Tem pessoas que valem à pena... Pessoas são como caixas de surpresas. Ou seja, não é toda a sociedade que é imprestável... Acho que apenas 95% das pessoas, sendo que 5% dessas ainda pode melhorar, eu venho encontrando mais pessoas que prestam do que acho possível, diria pessoas com conteúdo.
O ser humano é o único que pode fingir, aproveitem.

Qualquer caminho

| domingo, 22 de março de 2009 | 2 comentários |

Para onde você quer ir?
Qualquer lugar cujo nome eu não sei.
Então qualquer caminho serve...
Qualquer caminho não me leva a lugar nenhum, e volto sempre ao mesmo ponto de partida.

As raízes contorcem-se no chão, por cada passo que eu dó, o gato a frente me guiando e sorrindo.
Ele é apenas um motivo para me prender nesse lugar de sonhos.
Apenas aquilo que me faz continuar andando enquanto me guia.
Eu sou uma pessoa feliz, meu sorriso é o mesmo, preso naquele lugar a dois milímetros da boca como todo mundo.
Todo mundo é capaz de sorrir, sorrir quer dizer felicidade?
Ao mesmo o gato sorri, seu sorriso é como o verão quente.
Mas agora está inverno, e a neve cai em flocos brancos, demarcando o limite do meu pé no chão.
Conto de fadas, eu vivo nele, a garotinha de vestido vermelho, que quer qualquer caminho para seguir.
Por que não posso ficar sentada tomando um chá com o chapeleiro e a lebre?
Por que gatos não gostam de lebres.
Eu acho que eu sou como uma vela. Uma vela largada numa loja de lâmpadas elétricas.
Estou acesa até quando... Até quando mais...
O gato está andando, seu pelo é rosa, ele olha para trás sempre, e confere se eu estou lhe seguindo.
Me alimento dos pêssegos pelo caminho, mas cada vez eu preciso aumentar a dose de pêssegos, cada vez mais faminta ninguém dá pela falta dos pêssegos.
Sinto falto dos passarinhos cantando, a noite vai chegando e o céu não tem estrelas.
Somente eu sinto a falta dos pássaros, ninguém nota o quanto o meu vestido vai se marchando.
Eu sei que no final do caminho tem uma porta, que leva para lugar nenhum. Talvez eu entre nela sem o gato. Ele ficara para trás. Mas não terá mais seu sorriso. Não verá mais se eu estou seguindo, por que não estarei ali.
Ninguém dá pela falta de um pêssego que sumiu da árvore, ninguém nota como era a última folha que o vento carregou.
Entro pela porta antes mesmo de ser ouvida, passos mudos no chão de terra. A porta se fecha, e as poucos vai sumindo, de baixo para cima.
Não há mais abertura, a maçaneta cai no chão.
Onde estou não existem borboletas.


Somente EU

| sexta-feira, 13 de março de 2009 | 0 comentários |


Eu ainda me influencio por o que as pessoas fazem. Não chega a ser uma carência, tenho tudo o que eu preciso, eu acho que eu sinto falta por que tudo o que eu preciso esta longe de minhas mãos agora.

Vou tentar colocar em palavras o que sinto em relação ao ser humano. O que aprendi com os meus anos de vida em sociedade que foram o suficiente para ter marcas do que significa viver nos tempos atuais. Minhas esperanças se destroçando e sendo salvas por pouco.

Quando eu era mais nova, eu diria que até os meus 19 anos, eu tinha uma visão de ser humano, eu tinha a visão de que eu precisava de carinho e atenção, eu precisava ser aceita, precisava que me olhassem com “bons olhos”.

Depois disso eu conheci a dor, eu conheci a dor por todos os anos da minha vida. Me lamentei por minha falta de sorte por encontrar pessoas egoístas e hipócritas que não ligavam para nada além do próprio umbigo dizendo se importar.

Mas isso passou, como eu vejo a mim antes e agora? Eu era uma estúpida sonhadora e inocente. Hoje eu diria que estou bem mais esperta isso me curou feridas. Por exemplo? Eu diria que para mim não me importo mais em agradar e ter várias pessoas, aprendi que qualidade é melhor que quantidade e eu tinha encontrado merdas no caminho.

Pessoas que me diziam que me amavam, que eu era importante demais, que choravam por mim, que se preocupavam, que acariciavam, e que depois arrancavam um pedaço dos meus sentimentos quando iam embora até não restar nada.

Eu acreditei em tantas pessoas que diziam que eu era importante, que hoje sei, o que é importante nós não deixamos. Eu aprendi isso.

Teve um tempo que eu só amava o meu gato, por que ele não era falso comigo. Mas cresci ai também. Uma frase mudou a minha vida completamente como nada que eu tinha visto antes foi capaz de mudar.

Eu estava triste, estava mal demais, por que eu sofria mesmo sabendo que eu não tinha culpa, por algo que fiz a uma pessoa que eu achava que amava e que era retribuída.

“SE PREOCUPE MAIS COM A SUA CONSCIÊNCIA DO QUE COM SUA REPUTAÇÃO. POR QUE A SUA CONSCIÊNCIA É O QUE VOCÊ É, E SUA REPUTAÇÃO O QUE AS PESSOAS PENSAM QUE VOCÊ É E O QUE AS PESSOAS PENSAM É PROBLEMA DELAS.”

Isso mudou minha vida, por que eu criei relações fortes com poucas pessoas importantes e que chamo de amigos. Aprendi o que é o amor de verdade, duas pessoas dispostas compartilhando em igualdade. E o que é ser amigo.

Mas também aprendi a não depender de opiniões dos outros para ser feliz, ou não ligar para o que falam de mim. Não dói mais, eu estou completamente afundada na minha consciência e ela nunca esteve tão bem e tranqüila.

Aprendi que o SER HUMANO só vê no outro os seus PRÓPRIOS defeitos. E que NADA mais pode me ferir, por que o que me feria era a surpresa do que o ser humano era capaz com outro ser humano. E hoje eu sei que, SIM, o ser humano pode tudo, não há surpresas no que alguns seres humanos podem fazer.

Hoje então, quando deito no travesseiro eu penso que nunca estive tão forte. E nem tão feliz. Mesmo que eu sinta falta de alguns vícios e coisas que sei que são ruins e tenha as minhas crises elas nunca duraram tão pouco, é só até eu recobrar a inteligência e tudo passa.

Estou do jeito que queria estar, ao menos quase lá. Gosto do que gosto, estou aqui, nunca vou tratar ninguém mal, mas também, nunca mais vou deixar de dizer para alguém, o quanto a pessoa esta sendo imbecil. Por mais que isso machuque...

Por fim, vou lembrar o passado como um aprendizado, por que é isso que foi.

Hikikomori? O que pensar do mundo que nos cerca?

| sábado, 28 de fevereiro de 2009 | 3 comentários |

Esse meu tempo de profundo afastamento do meu blog, que deveria ser diário me fez pensar. Na verdade eu tive dias corridos e não parei tanto assim para pensar, eram apenas pensamentos corridos que eu cortava por que não queria pensar. O humano sofre quando olha para dentro de si, isso é uma verdade entre muitas espalhadas por ai.
Mas eu quis pensar agora, e escrever enquanto penso. E do ponto de partida do termo Hikikomori...
De acordo com a famosa Wikipédia Hikikomori é o seguinte: é um termo de origem japonesa que designa um comportamento de extremo isolamento doméstico. Os hikikomori são pessoas geralmente jovens entre 18 a 34 anos que se retiram completamente da sociedade, evitando contato com outras pessoas. Em geral, moram sozinhos ou com os pais e dedicam a internet, mangas, animes e video games como forma de preencher o tempo e viver num mundo isolado fantasiando a realidade. Os individuos tem seu desenvolvimento social paralisado afetando o processo natural de amadurecimento.

E parei para pensar e analisar a minha vida social que a cada dia mais parece uma piada degradante sobre como um ser humano deveria ou não agir, seria mesmo culpa da tecnologia as pessoas decidirem simplesmente viver a par de uma vida social, ou das próprias pessoas?

Eu realmente tenho vida social? Acho que talvez o Mínimo possível para sair de casa. Então eu seria uma boa candidata a Hikikomori, por que a minha vontade de sair de casa e falar com pessoas cada vez diminui mais, elas abrem a boca e eu pense. “Mas que merda é essa.” Com mais freqüência que antes.

Eu converso com poucas pessoas com apenas duas delas sou realmente sincera ao dizer o que penso e sinto. O Mundo tem sido um lugar parado para mim, eu não confio na maioria das pessoas, não quero contato com a maioria delas, e mais, pela falta de contato as faço pensar o que quiserem.

Podem pensar em me afastar da internet, mas isso não adiantaria nada. Muitas pessoas confundem o Hikikomori com vicio pela internet o que não é, ao contrario, eu diria que a internet impede que eu me recuse por completo a falar com pessoas.

Eu estou agindo da forma politicamente correta, falo o que elas querem ouvir a maioria não corre de fato a atrás e ainda acha que perguntar se está tudo bem resolve as coisas. Não é por que eu digo que está tudo bem que de fato está.

As pessoas que eu vejo por ai são pessoas desprezíveis capaz de esquecer tudo por um mero egoísmo, e tratando todos como objetos. Um livro nunca vai me trair ou magoar, um anime vai sempre ter um final parecido com o que eu quero, e quando eu escrevo eu posso ser eu mesma sem ter que usar a máscara do agradável.

Eu não tenho que agradar ninguém, eu só quero poder ficar no meu quarto, lendo e fazendo o que me der na telha por que não há nada que eu ache mais interessante do que isso. Nada para mim parece melhor. Por que não importa quantas pessoas que você conheça. Elas nunca vão ser completamente sinceras, se forem não vão estar perto o suficiente, e cedo ou tarde você vai deixar de ser interessante.

Eu posso voar

| segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009 | 0 comentários |

Eu queria essa noite escrever sobre medos, por que não importa o quanto confiante você esteja em toda a sua situação de vida e evolução sempre vai existir o medo. É nisso que eu estou pensando agora. No medo.

Eu passei por muitos medos na minha vida, todos tão diferentes e eles foram mudando conforme eu fui vencendo, mas nunca deixou de ser medo. Como eu era, e como eu sou agora, são como duas pessoas diferentes, talvez por que os medos mudaram quase radicalmente.

Eu antes tinha medo de ser deixada para trás, de ser deixada sozinha, de sofrer por algo que eu não conseguia mudar, e essas coisas. Alguém um dia disse que eu tinha uma carência mal focada.

O medo de hoje é diferente. Mas eu não sei explicar. Não tenho mais medo que as pessoas vão embora, eu já vi tantas vezes pessoas indo embora, como se eu não significasse nada, ou como se eu não sentisse. Que me acostumei com esse medo e ele deixou de ser assustador.

Hoje eu confio muito na minha consciência a ponto de que ela dita as regras. Se uma pessoa for embora é por que ela quis ir... Ninguém deve explicar suas razões, eu não quero explicar as minhas nunca. Eu estou segura agora, onde estou. Por que se alguém for embora, eu não vou ficar me torturando pensando o que eu fiz de errado para essa pessoa partir. Eu nem sequer vou pensar nela... Pode ser que doa um pouco, mas eu estou tão imune a dor, que isso é meio assustador as vezes.

Não há dor insuportável, não mais do que as que eu já passei. E eu já passei por muitas, o que as pessoas pensam de mim, não importa mais, esse é um dos medos que passou, o mais importante deles, e o que mais me assustava. A impressão que as pessoas tinham de mim, ou que eu tinha delas.

Hoje eu pensei numa frase, não sei muito o que quer dizer, mas é basicamente isso. Define o que eu sinto nesse momento.

O mundo parado... Como um precipício, sem fundo visível... E eu estou voando, sentindo o ar no meu rosto, sem me importar no que vem no fundo. Mas feliz por sentir que posso voar.

Sobre o Luar

| sexta-feira, 30 de janeiro de 2009 | 2 comentários |

Formosa a pele quente reluzindo no luar
Entre gemidos entrecortados dos lábios famintos
Eu poderia ter parado somente por um momento para olhar
A para ver o luar refletir na pele dourada
Eu gostaria te ter sentindo mais sua voz tremer

Poderia ter aprendido antes as diabruras do amor
Poderia quem sabe deixar de sonhar
Apenas para sentir aquilo que palavras não descrevem
Apenas para ouvir mais uma vez meu nome de seus lábios delicados

Sua expresão quase de dor e o corpo inerte
Ainda posso sentir tremer meu mundo perto do seu
Não são palavras a descrever, nem poemas
Apenas dizeres e desejos além de sonhos

A noite de luar permite que seus olhos ainda brilhem
O corpo repousado no mar de águas e piso frio
Sua boca me chama entreaberta, e os olhos semi serrados em paz
Poderia esperar só mais um pouco?

Eu ainda quero ver-te, quero devorar-te apenas com os olhos
Por apenas um luar, eu quero que meu olhar te acaricie
Não se mexa, apenas respire... Cada vez mais rápido
Quero ouvir o ar preencher seu corpo por um momento

Entre o calor de seu corpo me perder como nunca
Entre seus beijos apenas fingir que morri
Ao menos agora eu posso partir, entre nuvens de cigarro e bebida
Ao menos agora eu provei do amor de forma plena

Não com fantasias e desejos
É meu nome que ela sussurra, é a mim que ela chama
E não de mil nomes que não me pertence, não de outros nomes
A fantasia me persegue, me arrancando da realidade

Ela torna a realidade saborosa como um pêssego fresco
Não preciso mais de mentiras, por que sua verdade é doce como sua pele
Eu a beijei, beijei por mim mesmo e por ela
Hoje, posso dormir com o rosto em seus seios roliços e fingir que não haverá nada
Não haverá o amanhã, e nada mais importa... Somente ela sobre o lua

Por que eu quero?

| segunda-feira, 12 de janeiro de 2009 | 1 comentários |
Bem pessoas, vai fazer um ano que eu não atualizo, sorry, não estava afim. Mas a todos que me estão lendo ainda, obrigado. Eu quero fazer algumas colocações aqui, que estou pensando.
Por que o ser humano precisa tanto de uma desculpa, ou de razões extras para agir? Por que não pode ser algo simples como, eu quero e acabou? Eu não faço mais planos, pode parecer uma idiotice, mas eu não os quero mais, por que planos foram feitos para darem errado. O que eu sei até agora, é que vou desligar o computador, e fumar um cigarro, e vai ser a melhor coisa que eu vou fazer antes de dormir. Por que? Por que eu quero.
Por que as coisas tem que ter uma explicação? Eu só faço as coisas hoje por que eu quero, por que me satisfaz e me deixa bem comigo mesmo, eu quero colocar a cabeça no travesseiro e não ter o que pensar. Não ter do que me arrepender. Por que isso é ser livre na minha opinião.
Vamos lá, eu sou livre, eu estou feliz e eu amo. Quer mais do que isso? Aprendi algumas coisas sobre o amor em todos os tempos, coisas como:
“Os opostos se distraem, e os dispostos se atraem.”
“Ame a si próprio.”
“Se preocupe mais com a sua consciência do que com a sua reputação, por que sua consciência é o que você é, e sua reputação o que pensam que você é e o que as pessoas pensam é problema delas.”
Não quero mais impressionar ninguém. E eu já quis isso, eu já gostei de filosofia, e literatura, já tentei ser melhor e hoje eu sinto como se não houvesse quase ninguém para ter uma conversa de nível.
E algo frustrante, mas cada vez mais quando as pessoas abrem a boca, eu penso “mas que merda é essa?” Cara, eu não sei. Eu tenho um objetivo, é ser livre e feliz, e, além disso, é o além que não se escreve. Por isso eu faço por que me deu vontade, explicação, eu cansei de dar, e elas são literalmente palavras vazias no meio do nada.

Como diria o Coringa, eu sou um cachorro louco atrás de carros, não saberia o que fazer se pegasse um. Mas mais do que isso, eu sou alguém que não faz mais planos, por que eles dão errado sempre. O melhor é ir agindo por que quer, essa é a melhor. Apesar de não ser o que todos querem ouvir. É problema deles...

Por que tão sério? Vamos colocar um sorriso nesse rosto...