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O Voar da Borboleta

| sexta-feira, 2 de setembro de 2011 | 0 comentários |


Quero ser o louco que grita e diz o que quer...
Quero chorar na frente de todos sem que me questionem...
Não posso obrigar... Mas posso chorar no escuro do quarto

Quero dançar quando ninguém estiver olhando...
Quero lamentar minhas dores e meus anseios frágeis...
Mas não posso obrigar que seque minhas lagrimas...

Eu não posso morrer... Não posso me calar sobre o que sinto...
Não posso dizer o quanto desprezo a forma de mundo encaixada nas pessoas...
Sempre tenho que dizer e nunca posso ouvir...

Eu não tenho opinião... Sou um espelho que nada sente e que tudo se refle...
Os meus direitos não são dos outros... Eu sou aquele que é questionado e nunca questiona...
Eu vou calar a dor no meu coração, eu posso afoga-la com as minhas lágrimas, posso fingir que elas nunca existiram...

Pergunte-me onde dói... Pergunte-me por que estou triste, me traga um lenço para que eu chore...
Meu silêncio é uma forma, de sufocar minhas tristezas um meio que estava dando certo... Um meio que mudou apenas do meu lado e que retorna aos poucos.
Não faz sentido...
Não faz sentido algum...
A borboleta que se joga na chama da vela e morre aos poucos em seu último voo brilhante.