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Sim ou Não

| segunda-feira, 4 de maio de 2009 | |
O vento sopra as plantas, que dançam ao som do vento, como se aquela fosse sua única razão de existir. Eu queria ter sido como o vento, ter sido livre para voar.
Queria que o mundo me olhasse agora, onde estou no alto de minhas dúvidas e meus medos. Mas ninguém pode me ver.
O sol cega os olhos de quem tenta olhar.
Pássaros sem asas não podem voar... Apenas sabem cantar, baixinho como o vento.
Uma canção sem palavras, como um murmurar... Uma sonoridade, e uma emoção.
Eu poderia ter vivido mais? Para provar tais falsidades e mentiras que rodeiam a sociedade. Nada existe a não ser o silêncio para onde voltar.
Agora, minutos passados, podem me ouvir quando meus lábios estão calados e onde nada mais vai sair.
Os pássaros não cantam mais, o mundo parou de girar...
Todos agora podem me ver, como um quadro intocável, algo inimaginável e uma mente não lida.
Pode pensar agora? Pode imaginar agora? Ou apenas dizer que não sabe... Como?
Uma palavra pode ter tantos significados, podem haver várias delas, varias letras que não expressam a beleza de voar, de saber que não existe mais dor... Nunca existiu.
Podem viver em seus sonhos mais profundos, sua mentira ilusória e sua candonga. E fingir por um momento que fez o possível.
Todos os contos são assim, histórias que se conhece o fim, apenas confusão sem sentindo no mundo que gira, e todas chegam a um fim.
Qual fim mais belo que voar... Nos braços daquele único que se importa, o vento. Por que não pode haver algum lamento em meus olhos a chorar a beleza de um dia sorrindo.
Por que não consigo dormir e sonhar... Eles me fazem sentir que eu ainda vivo, mais do que a fome, mais do que o vento... Sim são as palavras do vento que já não me tocam mais.
E... irei um dia sentir a falta de sentir todas aquelas coisas que colocamos e não colocamos em palavras. Deixe-me perder no vento... Voar e achar que tudo está no alcance de uma decisão. Sim e não.


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