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Pombo correio

| quarta-feira, 10 de novembro de 2010 | |





Pombo correio ao qual minha alma entreguei, leve meu recado para todos os cantos do mundo para que todos leiam. Ninguém precisa de fato saber meu nome, ninguém precisa na verdade dar valor ao que eu digo. Tenho perguntas, e respostas, tenho pensamentos refletidos por anos e anos sem ninguém para ouvir.

Eu vi muitos anos e anos de evolução humana escrita e guardada em papeis, cujo poema era valorizado a eras e pensar era algo tão valioso quanto outro. Vi sorrisos no rosto de humanos, vi poemas declamados, vi pensadores fazendo o povo pensar em praça pública, não havia nada além de sorrisos.

Quando a palavra perdeu o valor? Quando fomos deixando de ouvir? Eu vi o momento em que uma senhora perguntava com sinceridade se “tudo estava bem” com ela, hoje a resposta parece ter sido algo aprendido, e ela deve ser apenas uma “tudo”. Formalidades não existiam e compreender era algo muito mais comum do que é hoje.
Creio que não vi o senhor compreensão por ai.

Hoje um pensador mal pode começar suas idéias antes que elas sejam ditas como tolas, hoje ninguém se importa com nada além do seu próprio emocional, por que as pessoas estão tão egoístas? Vejo hoje que as pequenas coisas estão desvalorizadas, que as pessoas não dão mais um sorriso ao ver um belo dia de sol.

Minha carta tem muitos motivos para ser escritas, nem tudo pode ser dito, mas a minha pergunta maior de todas e a mais complicada de ser respondida é, por que o ser humano sofre?

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