Em meio à morte e a dor, sempre em meio aos sofrimentos mudos do coração, sempre há a vontade de viver e a esperança, elas nascem onde nada mais parece brotar.
Em noites escuras, caminhando sem direção, sempre há uma luz, por mais que as trevas tentem tomar tudo.
Eu sei disso, enquanto choro lágrimas de sangue tento não desejar a morte, tento apenas continuar lembrando da luz, que está ali por mim.
Tento não dizer, pela primeira vez todas as coisas agressivas que sempre disse, como um animal selvagem em um canto se debatendo e machucando todos os que se aproximam.
Sou o vento, que não se destrói com o tempo que se perde e se desfaz, mas nunca deixa de existir, mesmo e principalmente na dor.
Sofrimento que me alimente como a água, que se torne belo como a morte, e que a tristeza não seja ruim.
Transformar o feio em belo é minha arte.
Posso chorar, posso morrer todos os momentos e continuar viva, ainda vale à pena.
Eu não plantei uma árvore, não escrevi um livro ou tive um filho.
Onde estão os meus sonhos? Guardados poemas para serem escritos e realizados.
Desistir nunca, quanto mais se cai mais se aprende, quanto mais dor mais forte se fica.
Assim é a vida.
Quero estar de pé, olhando a todos os que me causaram dor, e me fizeram sofrer e agradecer por terem me feito mais forte.
Oh morte, tu que és tão forte, que caminha pelo mundo. Vem lenta, para que eu possa admirar cada pedaço de vida e felicidade em coisas simples. E quando vier, mal recebida, eu a terei, sempre bela, em um abraço e saberei que fiz tudo o que queria.
3 comentários:
14 de dezembro de 2009 às 03:04
14 de dezembro de 2009 às 03:07
Uma árvore mesmo que tenha nascido torta, continua a crescer, mesmo sabendo que a cada dia que cresce mais torta ficará, e que olharão para ela com desprezo em relação as outras, mas mesmo sabendo disso por que ela continua à crescer ? Porque ela sabe ,que, mesmo torta ela poderá ajudar alguém protegendo-a embaixo de suas folhas em locais que só ela acançará, e neste momento para aquele que é protegido, ela será a única e a mais bela das árvores.
24 de dezembro de 2009 às 23:15
GOSTO DO JEITO QUE ESCREVE, ME LEMBRA UM AUTOR FRNCÊS QUE LI A ALGUNS DIAS (SÓ ME FALTA O NOME DELE).
Postar um comentário