Um Rapaz se atirou dos trilhos do metro de São Paulo, ele andou a passos hesitantes até a borda, não olhou em volta, sua amargura o corria por dentro.
No mesmo instante, pessoas andavam ali, preocupadas com suas vidas, pensamentos ligados a mil, pensando no que iria comer, no filme que veria com o namorado, no tempo que teria para dormir, na hora que chegaria no trabalho e em qualquer coisa que fosse sua individual.
Longe dali a família do rapaz vivia suas rotinas, a mão vendo TV. Quem sabe os irmãos jogando jogos de botão, quem sabe alguma namorada sonhando em vê-lo de novo, tentando entender o que ele sentia, mas sem tempo para ligar... Amigos que não tiveram tempo de vê-lo ou ao menos de notar o quanto a tristeza o tornava escuro por dentro, como um buraco negro a engoli-lo.
Seu nome era Anônimo, ninguém que não o conhecesse sabia. Ele escondeu o capuz com o rosto, o motivo nunca será conhecido, nunca será imaginado, por que esconder o rosto? Para que ninguém visse a dor passar em seus olhos, fixados em um ponto antes do salto.
O metro chegou tremendo o chão, fazendo barulho enquanto ele era tomado pela adrenalina, por que assim que ele pulasse não teria mais volta, não teria mais salvação. Ele viu o primeiro vagão, o rosto do condutor, o último rosto visto em detalhes perfeitos.
Não foi no primeiro, nem no segundo, ele tinha que calcular exatamente quando saltar. Mas o metro passa rápido em câmera lenta em sua mente enquanto ele se programa. Então chegou o momento, ele salto vendo que estava feito, não tinha mais como se arrepender, estava escuro, ele mal sentiu sua cabeça tocar ao chão, seus olhos estariam fechados? Ele teria apertado-os forte para não ver a morte enquanto tentava pensar em alguém? Ou seus olhos encararam corajosamente a roda que lhe esmagou a cabeça em segundos?
Teria ele murmurado algo? Ninguém vai saber.
Mas a pergunta que fica... E as pessoas que o amavam e nada conseguiram fazer? Elas devem estar pensando agora: “Como eu não notei que ele estava triste? Por que eu não disse que o amava? Eu queria tanto ter ajudado, ter dito coisas? Feito coisas com e para ele? Mas e agora?”
Ele está num lugar onde nunca mais vai ser alcançado, por escolha própria.
Você sabe o que vai acontecer amanhã com todos os que você ama e não cuidou direito? Com os que você ama e está próximo? Até mesmo com você?
Não sabemos o dia de amanhã. Esse pode ser o seu último dia, pode ser o último dia daquele que você ama. É uma realidade... É um fato!
Diga tudo o que quer dizer para todo mundo, viva cada segundo como se fosse o último, e talvez você consiga fazer a diferença. E como diria a música semana que vem da Pitty: “Esse pode ser o último dia de nossas vidas, a última chance de fazer tudo ter valido a pena. Diga sempre tudo o que precisa dizer, arrisque mais para não se arrepender, nos não temos todo tempo do mundo.”
Aproveite suas 24 horas, pois elas não serão acumuladas.
Frases, ditados, poemas etc.
Há 11 anos
1 comentários:
13 de dezembro de 2009 às 01:35
Agarre suas chances aki e agora pois não se sabe se haverá um amanhã e se houver para que nao se arrependa. ^^
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