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No more pain

| quarta-feira, 17 de setembro de 2008 | |



Um dia eu ouvi em um anime o seguinte, que a dor pior é a dor do coração. E lá estão as piores feridas que alguém pode sofrer. Por que a cura vem dos outros e mais do que isso, nem sempre existe a cura completa, normalmente elas ficam ali para voltar a sangrar quando cutucadas.

Eu estive pensando como traduzir essa dor em palavras. Por que está certo que poucas pessoas não compreendem. Eu vou tentar.

Sinto-me triste, o peito dói. E me sinto sozinha. Não por que eu não tenha amigos, eu tenho dois. Só duas pessoas que estão longe de mim. Eu perdi a confiança em todos. Passo todos os meus dias em casa, ou melhor vou a faculdade.

Lá me sinto só, as pessoas são estranhas. E quando volto para casa eu durmo. Não por sono, mas por cansaço. Por querer ficar sozinha e na cama, para ver se a dor passa um pouco.
Depois vou para o computador, e vejo as vezes como a minha vida é vazia por que as vezes parece que as pessoas me olham como se eu fosse uma meleca nojenta e peluda.

Ninguém pode compreender onde ou por que dói. Mas não ter uma vida social, ou melhor, pessoas importantes para você e diversão com elas, é pior do que a morte.

Eu sinto como se estivesse nua, em uma escuridão, deitada em um chão gelado, sentindo espinhos nascendo de dentro para fora. Uma maldição Cruciatus eterna. Sinto vontade de chorar o tempo todo. As lágrimas queimam. Sinto mágoa, rancor e outras coisas. Mas tem mais...

Eu me sinto como o bobo ingênuo da fábula chinesa.

Um viajante tolo, eu andei por ai. Dei meu dinheiro e minhas roupas a pessoas que não precisavam. Depois dei meus braços, pernas e tudo o que eu tinha. E a última coisa foram os meus olhos. E pouco antes que eu realmente morresse, alguém jogou um papel e disse. “Um presente para você”. Estava escrito: “Um tolo ingênuo”.

Eu sinto como se tivesse exposto o meu coração para muitos ferirem, e sinto que isso é a prova que eu ainda vivo, que ainda respiro. Por que ainda dói.

E teve um tempo que não doía...
Eu não desejo a morte. Não desejo mais ser feliz. Não tenho capacidade de nada além de sentir dor e fugir. Por que eu tenho medo que me machuquem de novo.

Não tem como descrever a dor que eu sinto. Por que ela é muito maior do que qualquer palavra ou ação, ela é a estagnação completa no escuro frio e gélido. Onde permaneço sozinha...
Há um consolo nessa dor e nessa solidão. Não pode doer mais do que isso, eu não preciso confiar em ninguém, eu vejo as pessoas como elas são. Com sua forma vil, suja e distorcida. Como a maioria das pessoas a minha volta são. Pessoas que pisam em sonhos e toma atitudes sem sonhar em como dói.

Dor, solidão, escuridão e tudo isso não cabe numa descrição. Dói tanto que se perde os movimentos, que se perde a vontade de tudo, e só se deseja dormir.

Uma dor tão forte, que eu já não sei se é capaz da morte fazer parar.

4 comentários:

Nai-chan Says:
18 de setembro de 2008 às 09:51

Oi, meu anjo
Li o texto do seu blog, mas vou responder pelo Nyah ok?! Depois olha lá nas suas mps
Te amo muito

Julinhah Sallaberry Says:
21 de setembro de 2008 às 01:23

e o medo de sorriso domina, quando tudo que tu sente é vazio... sorrir é vazio. Não vale a pena!

conheço essa dor, é dor da doença que a esperança nunca cura, pq é a falta de esperança que causa umas das piores doenças...

sai disso, eu já sai, e vivo com medo de volta, essa sombra! Mas ainda é melhor do que estar lá...

bjus

Petit Désir Says:
26 de setembro de 2008 às 15:03

hmm...

João Matheus Says:
28 de setembro de 2008 às 17:14

Eu sou totalmente o contrário. Odeio minha vida social e o que quero é ficar em casa. Por que será essa divergência?

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